Wednesday, December 22, 2010
Friday, December 10, 2010
247.
mariana silva
notações para a descida do pano de cena
Circula por aqui um desejo imenso de interrogar as intersecções entre a arte e o político, no interior de duas instituições culturais que habitam a mesma cidade. Falamos de uma ideia de comunidade quando falamos da extensão da exposição Às Artes, Cidadãos! – organizada pela Fundação de Serralves – ao Teatro Nacional São João. Uma série de peças interdependentes assinadas por Mariana Silva (Lisboa, 1983) – a referência ao teatro e aos seus protocolos tem sido uma constante no seu trabalho – colocam em relação dois espaços icónicos da aventura democrática: o Museu e o Teatro. No Museu de Arte Contemporânea de Serralves, a artista concebe uma peça sonora que remete para o momento de entrada e saída do público, numa sala de espectáculos. No TNSJ, o vídeo Como deveremos ser chamados, a instalação S/ título (arco) e a performance Notações para a descida do pano de cena (uma visita guiada conduzida por um actor) reflectem sobre a questão da revolta dos espectadores contra conhecidas obras teatrais. Memória e revolta, ou o questionamento do papel do espectador e do seu grau de intervenção na recepção da arte – coordenadas possíveis para a construção de uma consciência política.
quando:
[2 Dezembro 2010] quinta-feira 17:00 + 18:00 + 19:00
Notações para a descida do pano de cena
interpretação David Santos
[25 | 30 Janeiro 2011] terça-feira a domingo 17:30
Notações para a descida do pano de cena (interpretação David Santos) + Como deveremos ser chamados + S/ título (arco)
[8 + 9 Fevereiro 2011] terça + quarta-feira 19:00
Notações para a descida do pano de cena
interpretação David Santos
[12 + 13 Março 2011] sábado + domingo 11:00
Notações para a descida do pano de cena
interpretação David Santos
Teatro Nacional S. João
Praça da Batalha
4000-102 Porto
4000-102 Porto
iniciativa integrada na exposição Às Artes, Cidadãos! comissariado João Fernandes, Óscar Faria parceria Fundação de Serralves, TNSJ
Friday, December 3, 2010
246.
pedro tudela
n'est pas, 2010
no dizer do corpo _ Ciclo de performances
Espaço Ilimitado, Porto
+ info: http://pedrotudela.org/wrk3/118/
n'est pas, 2010
no dizer do corpo _ Ciclo de performances
Espaço Ilimitado, Porto
+ info: http://pedrotudela.org/wrk3/118/
245.
manuel santos maia
o desejo de fugir nos guie, 2010
no O dizer do corpo _ Ciclo de performances
Espaço Ilimitado, Porto
com:
Ana Ulisses, Denise Saito, Igor Vasconcelos, João Lopes, João, Letícia Melli, Rui Leal, Susana Chiocca.
fonte: http://manuelsantosmaia.blogspot.com/
o desejo de fugir nos guie, 2010
no O dizer do corpo _ Ciclo de performances
Espaço Ilimitado, Porto
com:
Ana Ulisses, Denise Saito, Igor Vasconcelos, João Lopes, João, Letícia Melli, Rui Leal, Susana Chiocca.
fonte: http://manuelsantosmaia.blogspot.com/
Thursday, November 25, 2010
Saturday, November 20, 2010
243.
o dizer do corpo
apresenta
dia 20 de Novembro, a partir das 18h
as performances
N'est Pas
de
Pedro Tudela
You’re not Go(o)d
de
António Lago
Espaço Ilimitado -Núcleo de Difusão Cultural
Rua de Cedofeita, 187 - 1º | 4050-179 Porto
Tel. [+351] 913 812 544
espacoilimitado@gmail.com
apresenta
dia 20 de Novembro, a partir das 18h
as performances
N'est Pas
de
Pedro Tudela
You’re not Go(o)d
de
António Lago
Espaço Ilimitado -Núcleo de Difusão Cultural
Rua de Cedofeita, 187 - 1º | 4050-179 Porto
Tel. [+351] 913 812 544
espacoilimitado@gmail.com
Friday, November 12, 2010
241.
n’o dizer do corpo
vamos
ver um filme e conversar
sobre a performance, a arte, o país, a situação geral
esta conversa conta ser uma oportunidade para nos juntarmos e aproveitarmos para falarmos sobre o que nos importa, que rumo se toma, se irá tomar...
se puderem colaborar nos comes e bebes, agradece-se!
Próximas apresentações:
20 de Novembro
António Lago
Pedro Tudela
11 de Dezembro
Nuno Ramalho
Rita Rainho
Espaço Ilimitado -Núcleo de Difusão Cultural
Rua de Cedofeita, 187 - 1º | 4050-179 Porto
Tel. [+351] 913 812 544
espacoilimitado@gmail.com
vamos
ver um filme e conversar
sobre a performance, a arte, o país, a situação geral
esta conversa conta ser uma oportunidade para nos juntarmos e aproveitarmos para falarmos sobre o que nos importa, que rumo se toma, se irá tomar...
se puderem colaborar nos comes e bebes, agradece-se!
Próximas apresentações:
20 de Novembro
António Lago
Pedro Tudela
11 de Dezembro
Nuno Ramalho
Rita Rainho
Espaço Ilimitado -Núcleo de Difusão Cultural
Rua de Cedofeita, 187 - 1º | 4050-179 Porto
Tel. [+351] 913 812 544
espacoilimitado@gmail.com
Saturday, October 23, 2010
240.
beatriz albuquerque
"After Yoko Ono Bottoms...BUTt"
vídeo-performance
in Festival Blago Bung, sábado dia 23 Outubro
Emily Harvey Foundation (537 Broadway, 2nd Floor, New York).
Monday, October 18, 2010
239.
LINE UP ACTION
festival internacional de arte da performance | international festival of performance art
Nesta primeira edição pretende-se homenagear o Grupo GICAPC-CORES e enfatizar a importância de um organismo autónomo da Universidade de Coimbra ligado às Artes Plásticas: o CAPC (Círculo de Artes Plásticas de Coimbra). Pertenceram a este grupo artistas como Armando Azevedo, António Barros, Teresa Loff, Rui Órfão, Túlia Saldanha, Manuela Fortuna, Alfredo Pinheiro Marques e Assunção Pestana. Alguns destes elementos tiveram uma acção predominante na performance portuguesa nas décadas de 70/80/90 e contribuíram para que o CAPC fosse considerado, à data, o centro da arte conceptual portuguesa.
A programação desta primeira edição do festival LINE UP ACTION assenta em 6 vertentes programadas, além de acções não programadas, próximas da tradição do happening , de modo a manter visível no próprio decurso do festival a ontologia intempestiva da arte da performance. As 6 vertentes estruturantes são as seguintes: Criações Performativas, Conferências / Comunicações / Projecções Vídeo, Exposições, Workshops, Edição e Internet.
In this first edition is intended to honor the Group GICAPC COLORS, and emphasize the importance of an autonomous body attached to the University of Coimbra's Visual Arts: the CAPC (Circle of Plastic Arts of Coimbra). Belonged to this group artists as Armando Azevedo, António Barros, Teresa Loff, Rui Orphan, Tulia Saldanha, Manuela Fortuna, Alfredo Pinheiro Marques and Silvestre Pestana. Some of these elements have operated in a dominant Portuguese performance during the decades of 70/80/90 and contributed to that CAPC was considered at the time, the center of conceptual art in Portugal.
The programming of this first edition of the festival LINE UP ACTIONis based on six strands, and unscheduled actions, coming from the tradition of happenings in order to remain visible during the festival itself in the ontology of untimely performance art. The six structural aspects are the following: Performing Creations, Conferences / Communications / Video projections, Exhibitions, Workshops, Publishing and Internet.
The festival is curated by the artists and performer António Azenha.
The programming of this first edition of the festival LINE UP ACTIONis based on six strands, and unscheduled actions, coming from the tradition of happenings in order to remain visible during the festival itself in the ontology of untimely performance art. The six structural aspects are the following: Performing Creations, Conferences / Communications / Video projections, Exhibitions, Workshops, Publishing and Internet.
The festival is curated by the artists and performer António Azenha.
FICHA TÉCNICA
Organização: Associação ICzero http://www.iczero.org/
Curso de Estudos Artísticos - FLUC http://www.uc.pt/fluc/artisticos
Comissário António Azenha Curso de Estudos Artísticos - FLUC http://www.uc.pt/fluc/artisticos
Direcção do Festival
António Azenha ( Associação ICzero )
Fernando Matos Oliveira (Estudos Artísticos - FLUC)
Coordenação Geral Jorge Simões
Grafismo Paulo Côrte-Real
Fotografia / Vídeo José Carlos Nascimento, José Higino, José Pedro Reis, Estudos Artísticos, EUAC
Banda Sonora Original António Andrade
Equipa de montagem André Santos, Laurindo Fonseca
Produção / Imprensa Maria Carlos Lima
Assistentes de Produção Joana Santos, Marta Félix, Tatiana Santos
Relações internacionais José Vieira
Gestão Financeira Rodrigo Canhão
http://www.iczero.org/lineupaction.html
Friday, October 15, 2010
238.
beatriz alburquerque / alburquerque mendes
"LOVE ME TENDER"
Performance
Gratuito
Ditado:
Que lindo dia de sol!
A menina está a brincar no quintal de sua casa.
O que está no jardim?
Está uma árvore bonita.
Beatriz Albuquerque nasceu em 1978, Porto. Em 2003 acaba a Licenciatura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, em 2006 acaba o Mestrado na The School of the Art Institute of Chicago. De 2009 até ao presente, frequenta o Doutoramento na Columbia University em New York com uma bolsa FLAD/Fulbright.
Albuquerque Mendes nasceu em 1953, em Trancoso, Beira Alta. Entre 1975 e 1979, frequentou o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra. Participou na Vanguarda Alternativa Zero em 1977. Em Novembro 2001, na Fundação de Serralves realizou a primeira exposição ontológica "Confesso". A segunda, foi no Museu de Arte Contemporânea em Niteroi, Brasil, "Natureza e Crueldade".
+info:
http://www.beatrizalbuquerque.web.pt
237.
cláudia dias
"23 + 1"
Performance
Gratuito
“Actualizar esta fotografia num contexto contemporâneo serviu-nos como ponto de partida para uma instalação/performance que nos permite repensar a pertinência do discurso feminista nos dias de hoje.
Lançámos o convite a 23 homens e 23 mulheres para serem fotografados por António Coelho. Reproduzimos a fotografia original deixando o lugar de Maria Veleda vazio.
(…) Lugar onde se assume o legado de Maria Veleda cuja acção e pensamento foram relativamente esquecidos ou confinados a arquivos e estudos de especialidade.
A partir de artigos, discursos e intervenções de Veleda construímos um texto que interpela todas as mulheres espectadoras a serem agentes activos da própria performance.
O gesto é sempre o mesmo: sentarem-se na cadeira e permitirem que esse momento seja registado pela lente do fotógrafo”.
Cláudia Dias
Cláudia Dias nasceu em Lisboa em 1972. Iniciou a sua formação em dança na Academia Almadense com a Professora Maria Franco e entre 1987-89, prosseguiu os seus estudos como bolseira na Companhia de Dança de Lisboa.
Entre 1990/97 integrou o elenco do Grupo de Dança de Almada (GDA) destacando deste período o trabalho com Peter Michael Dietz.
Frequentou entre 1997 e 1998 o Curso de Formação Profissional de Intérpretes de Dança Contemporânea, promovido pelo Fórum Dança.
De 1997 a 2004 pertenceu ao colectivo Ninho de Víboras, no seio do qual acumulou funções de direcção e criação tendo concebido e interpretado as peças: “Feedback”, Mostra de Jovens Criadores/GDA; “E.U. (Entrevistem-me Urgentemente)”, CCB – Prémio Jovens Criadores, Clube Português de Artes e Ideias; “As águias não geram pombas”, Fundação de Serralves; ”Juntem-se 2 a 2”, ACARTE; “Per Ti”, GDA; “Histo”, Dance Bates Festival; e “Três Figuras do Excesso”.
Desenvolveu uma parceria artística com Maria João Garcia que se traduziu no projecto “Intérpretes Procuram Criador”, orientado para a dança improvisada, que contou com a orientação de Vera Mantero, João Fiadeiro e Peter Michael Dietz.
Participou como actriz em diversas encenações de Karas, das quais destaca “Material Medeia, Paisagem ao Abandono Paisagem com Argonautas” e “Salomé”; e ainda nas peças “A Casa de Bernarda Alba” e “Claustrus”, ambas encenações de Yolanda Alves, para o Teatro de Papel.
De 2001 a 2008 colaborou com a Re.Al tendo sido uma intérprete central na estratégia de criação de João Fiadeiro. Interpretou as peças “Aicnetsixe”, “Existência” e “Para onde vai a luz quando se apaga”. Colaborou activamente no desenvolvimento, sistematização e transmissão da Composição em Tempo Real (CTR), tendo participado e orientado diversos workshops.Foi artista associada da Re.Al tendo criado as peças “One Woman Show” (2003), “Visita Guiada” (2005) e “Das coisas nascem coisas” (2008), apresentadas em Portugal, França, Espanha, País de Gales, Grécia, Itália, Brasil, Suiça e Bélgica.
Recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para participar como artista convidada no projecto “O corpo próximo”, da coreógrafa Olga Mesa, no Theatre Pôle-Sud, em Estrasburgo. Participou como artista convidada no evento “um mergulho – pensamento, poesia e corpo em acção”, com direcção de Vera Mantero, integrado no Festival Alkantara.
Colaborou com o Teatro Fórum de Moura no projecto artístico/científico “Tomar o Sol”, entre 2009 e 2010.
Em resultado do convite da Comissão para as Comemorações do Centenário da República cria a instalação performativa “23+1” para o Programa Solos com Convicção, com concepção de Madalena Vitorino.
Direcção: Cláudia Dias
Com: Cláudia Dias e António Coelho
Pesquisa e colaboração: Mónia Mota
Colaboração dramatúrgica: Rita Natálio
Texto: a partir de textos de Maria Veleda
Fotografia: António Coelho
Assistência de fotografia: Sandra Ramos
Assistência coreográfica: Miguel Pereira
Produção executiva: Maria João Garcia
Produção: Ninho de Víboras
Encomenda: Comissão Comemorações Centenário da República
Apoio: Metalurgia e PureZoom, Comunicação Unipessoal, Lda
Agradecimentos: Anselmo Dias, Rui Ramos, Teófilo Dias, Incrível Almadense e todos os homens e mulheres que colaboraram na realização das fotografias
Mais info:
www.centenariorepublica.pt
Duração: 30’
Thursday, October 14, 2010
236.
antónio contador
"J’AI BIEN DÉTRUIT TA LETTRE / CÁ DESTRUÍ A TUA CARTA"
hoje
23H30 - Lófte
Rua dos Caldeireiros, nº43, 2º piso
Performance
Gratuito
«Um molho de cartas pessoais que recebi durante anos de pessoas amigas vai ser lido em voz alta. No final de cada leitura, a carta é introduzida numa destruidora de documentos. Os restos das cartas assim desfeitas serão colocados num saco próprio para destruir documentos que será atado no fim da performance e onde será escrito com marcador preto: o título da performance, o nome do artista, a marca e o modelo da destruidora utilizada, o número de cartas lidas, a data e o local da leitura e destruição.» Em Paris, onde vivo, ganhei o hábito de frequentar feiras de velharias. Compro aí com regularidade cartas pessoais que os feirantes devem encontrar no recheio das casas deixadas vagas aquando da morte do inquilino, e que costumam adquirir para depois venderem aos molhos ou a retalho. São cartas de amor, correspondência de guerra, cartas que relatam coisas banais ou peripécias mais ou menos rocambolescas, cartas alegres, sofridas, angustiadas.
J'ai bien détruit ta lettre/Cá destruí a tua carta é uma performance onde essas cartas pessoais de anónimos são lidas pela última vez, destruídas e inumadas num saco próprio para destruidora de documentos.
Mas desta vez a proposta é ler cartas minhas. Cartas escritas por várias pessoas que me foram sendo próximas, outras que amei, outras ainda com quem partilhei sofrimento e angústia a uma dada altura da minha vida. Umas continuam próximas, outras não.
A. Contador
Mais info:
http://www.antoniocontador.net/
Duração: 30’
Friday, October 8, 2010
235.
o dizer do corpo
apresenta
dia 9 de Outubro, a partir das 18h
as performances
Passarinho, de Ana Ulisses
e
STEREOPHONIC SOUND FOR REALISM part II –“Sunset TVs”, de António Olaio
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Passarinho
momento 1:
A mãe canta para dar banho ao filho.
O pequenino, julgando que está a chover pede o guarda chuva.
momento 2:
Mulher conta uma vida de saudade.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
STEREOPHONIC SOUND FOR REALISM part II – “Sunset TVs”
My sunset TVs
can show you
how sky is blue
My sunset TVs
for me and you
On my sunset TVs
you can rely
for my sunset TVs
will never die
When Autumn becomes Winter
and Winter becomes Spring
electric light in Summer
isn’t brighter than it used to be
Letra e melodia de António Olaio sobre Old Shatterland-Melodie, Martin Böttcher
und sein Orchester, Telefunken, LP stereo, 1965.
contacto:
Espaço Ilimitado - Núcleo de Difusão Cultural
Rua de Cedofeita, 187 - 1º | 4050-179 Porto
Tel. [+351] 913 812 544
espacoilimitado@gmail.com
+ info:
Susana Chiocca - 93 428 35 38 - desaparece@gmail.com
Filomena Pimenta (responsável pelo espaço) 913 812 544
João Baeta (responsável pelo programa de exposições) i.antimateria@gmail.com
apresenta
dia 9 de Outubro, a partir das 18h
as performances
Passarinho, de Ana Ulisses
e
STEREOPHONIC SOUND FOR REALISM part II –“Sunset TVs”, de António Olaio
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Passarinho
momento 1:
A mãe canta para dar banho ao filho.
O pequenino, julgando que está a chover pede o guarda chuva.
momento 2:
Mulher conta uma vida de saudade.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
STEREOPHONIC SOUND FOR REALISM part II – “Sunset TVs”
My sunset TVs
can show you
how sky is blue
My sunset TVs
for me and you
On my sunset TVs
you can rely
for my sunset TVs
will never die
When Autumn becomes Winter
and Winter becomes Spring
electric light in Summer
isn’t brighter than it used to be
Letra e melodia de António Olaio sobre Old Shatterland-Melodie, Martin Böttcher
und sein Orchester, Telefunken, LP stereo, 1965.
contacto:
Espaço Ilimitado - Núcleo de Difusão Cultural
Rua de Cedofeita, 187 - 1º | 4050-179 Porto
Tel. [+351] 913 812 544
espacoilimitado@gmail.com
+ info:
Susana Chiocca - 93 428 35 38 - desaparece@gmail.com
Filomena Pimenta (responsável pelo espaço) 913 812 544
João Baeta (responsável pelo programa de exposições) i.antimateria@gmail.com
234.
5º TRAMA - FESTIVAL DE ARTES PERFORMATIVAS
14, 15, 16 e 17 de Outubro de 2010
De 14 a 17 de Outubro realiza-se a 5ª edição do TRAMA Festival de Artes Performativas, de novo em vários espaços do Porto, numa iniciativa organizada pela Fundação de Serralves e o Brrr_Live Art, com a colaboração de vários parceiros da cidade. Serão apresentadas várias propostas em estreia nas áreas da música, teatro, dança, performance e ópera digital numa exploração das suas potencialidades performativas e experimentais. Informal e inflexível, a 5ª edição do TRAMA, e à semelhança dos anos anteriores, organiza-se num percurso pela cidade do Porto, congregando agentes e espaços culturais distintos e dialogando com os públicos em espaços institucionais e não-convencionais, interiores e exteriores.
Nesta edição, mantém-se a ocupação diversificada de espaços públicos da cidade – de Serralves ao Estádio do Dragão passando pelo Clube de Bridge do Porto, Ateneu Comercial, Hotel D. Henrique, Teatro Helena Sá e Costa, Sala Estúdio Latino, Mosteiro de São Bento da Vitória, Almada Guesthouse, Lófte, Matéria Prima, Maus Hábitos, Passos Manuel e a Praça dos Poveiros.
Nesta edição, mantém-se a ocupação diversificada de espaços públicos da cidade – de Serralves ao Estádio do Dragão passando pelo Clube de Bridge do Porto, Ateneu Comercial, Hotel D. Henrique, Teatro Helena Sá e Costa, Sala Estúdio Latino, Mosteiro de São Bento da Vitória, Almada Guesthouse, Lófte, Matéria Prima, Maus Hábitos, Passos Manuel e a Praça dos Poveiros.
http://www.festivaltrama.com/1401.html
233.
é uma organização do CoLab, programa de associação entre a Universidade do Texas em Austin [UTA] e a Universidade do Porto [UP] apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia [FCT] e pelo respectivo Ministério [MCTES].
Com curadoria de Heitor Alvelos [UP], Karen Gustafsoon e Bruce Pennycook [UTA] o Future Places procura investigar e fazer emergir a(s) forma(s) como os media digitais podem e devem contribuir para o desenvolvimento cultural local. Se os media digitais contribuem reconhecida e definitivamente para o conhecimento, a comunicação e a criatividade globais, como podem eles dialogar com as culturas locais? Quais serão os nossos “locais futuros”?
Desta pergunta de partida resulta um programa ambicioso e diverso que permitirá reflectir, ensaiar e propor novas formas de perceber, revelar e articular os genes, as rotinas e as ambições das culturas locais à luz das potencialidades e do impacto libertados pelos media digitais.
Os melhores especialistas, académicos, programadores culturais e artistas digitais marcarão presença no Porto, durante 5 dias [de 12 a 16 de Outubro] protagonizando um programa inteiramente grátis [com a excepção dos workshops temáticos] que, através de Workshops, Exposições, Laboratórios, Concertos, Conversas, Conferências, Performances e Partilhas, os colocará em diálogo com todos aqueles de nós que querem saber melhor que identidade cultural temos e como a podemos desenvolver, expressando-a digitalmente em toda a sua riqueza e potencial.
Este Festival acontece no Porto, onde os desafios colocados pelos media digitais e pelo seu potencial de transformação do tecido social e cultural são particularmente evidentes. Prova disso mesmo é o número e a natureza das mais de duas dezenas de parceiros que se associaram ao Future Places 2010, desde parceiros institucionais a actores empresariais de primeiro plano, até agentes culturais e eventos culturais de importância internacional.
http://futureplaces.org/
Sunday, September 26, 2010
232.
Performances da inauguração da exposição
Performances on the preview of the exhibition
CECI N’EST PAS UNE RÉTROSPECTIVE
IN.TRANSIT + W.C.CONTAINER (1999-2009)
susana chiocca
desdobramentos
a partir de um texto de Regina Guimarães
performance colectiva concebida por manuel santos maia
leitura de textos por vários artistas com quem o autor tem trabalhado nos últimos anos
imagens | images:
Paulo Mendes
+ imagens em | + images on:
http://missdove.blogspot.com/2010/09/ceci-nest-pas-une-retrospective-at.html
Performances on the preview of the exhibition
CECI N’EST PAS UNE RÉTROSPECTIVE
IN.TRANSIT + W.C.CONTAINER (1999-2009)
susana chiocca
desdobramentos
a partir de um texto de Regina Guimarães
performance colectiva concebida por manuel santos maia
leitura de textos por vários artistas com quem o autor tem trabalhado nos últimos anos
imagens | images:
Paulo Mendes
+ imagens em | + images on:
http://missdove.blogspot.com/2010/09/ceci-nest-pas-une-retrospective-at.html
Tuesday, September 14, 2010
231.
projecto iman
I.M.A.N. 2010 – Programação Geral http://projectoiman.com/projects/programacao-2010/
destaques:
Casa das Artes – Famalicão
Sábado 02 Outubro
22 h
O SOM DOS ARTISTAS
Performance / Dj / Concerto
Marçal dos Campos
Vera Mota
Balla Prop [Ana Ulisses + Susana Chiocca]
Claiana [Gui + Luís Figueiredo]
01.30 h
FORA DE SÍTIO
Extensão no Café Candelabro, Rua da Conceição 3 - Porto
Nuno Ramalho [dj set]
Projecção 5 anos do Projecto I.M.A.N.
Theatro Circo – Braga
Sexta-feira 29 Outubro
22 h
O SOM DOS ARTISTAS
Performance / Dj / Concerto
“410”, André Sier
“Building002: Ford”, Diogo Tudela
“Burning the Sound”, Rudolfo Quintas
+ instalação áudio-visual
“Struct_0”, André Sier
Centro Cultural Vila Flor – Guimarães
Terça-feira 05 Outubro
21.30 h
“Silvo”, Hugo Brito [performance/instalação]
Sábado 09 Outubro
22.30 h
O SOM DOS ARTISTAS
Performance / Dj / Concerto
“Nada ecoa da mesma forma”, 0Foundation
“Soundscaping”, Fernando Fadigas [concerto]
“Hidden from the eyes of daylight”, Carlos Bica + Alexandre A. R. Costa + Francisco Laranjeira
“Antonbildern versus AILIME”, António Quadros + Emília Sousa
http://projectoiman.com/
230.
In den Straßen...
Christian Falsnaes
Marianne Vlaschits again, Roberta Lima & Robert Pawliczek (ANTCAR), Jakob Lena Knebl, Linda Samaraweerová, Albert Mayr, Lazar Lyutakov, Ludwig Kittinger & Fernando Mesquita, Christoph Hinterhuber,
bastian wilplinger, erol nowak, daniel benedek mit band, & die saubere kapitalistin, Katharina Heistinger, Johann Neumeister, Nicola Brunnhuber, Baptiste Elbaz & Konrad Kager, Michaela Moscow, Ana Hoffner.
Ve.Sch stellt sein Programm bewusst sichtbar in die Straße – auf die öffentliche Bühne.
Nicht alles lässt sich dabei von innerhalb nach außen übersetzen... weiter
Freitag 17. September, 16h30 - 21h30
Samstag 18. & Sonntag, 19. September, jeweils von 14h30 - 21h30
Schikanedergasse in front of Ve.Sch
Hugo Canoilas & Christoph Meier, Nikolas Jasmin,
Philipp Quehenberger & Didi Kern
Louise MacDonald, Marianne Vlaschits, Karl Kilian, Nikolas Suchentrunk, Christian Falsnaes
Marianne Vlaschits again, Roberta Lima & Robert Pawliczek (ANTCAR), Jakob Lena Knebl, Linda Samaraweerová, Albert Mayr, Lazar Lyutakov, Ludwig Kittinger & Fernando Mesquita, Christoph Hinterhuber,
bastian wilplinger, erol nowak, daniel benedek mit band, & die saubere kapitalistin, Katharina Heistinger, Johann Neumeister, Nicola Brunnhuber, Baptiste Elbaz & Konrad Kager, Michaela Moscow, Ana Hoffner.
Ve.Sch stellt sein Programm bewusst sichtbar in die Straße – auf die öffentliche Bühne.
Nicht alles lässt sich dabei von innerhalb nach außen übersetzen... weiter
Freitag 17. September, 16h30 - 21h30
Samstag 18. & Sonntag, 19. September, jeweils von 14h30 - 21h30
Schikanedergasse in front of Ve.Sch
229.
o dizer do corpo
é uma mostra em torno da performance, curada por Susana Chiocca, que inclui
quinzenalmente apresentações de performances e uma conversa com os artistas.
com a participação de
Ana Ulisses, António Lago, António Olaio, Balla Prop, Calhau, Joclécio Azevedo, José Leite, Manuel Santos Maia, Nuno Ramalho, Paulo Mendes, Regina Guimarães
e de
Alexandre Osório, Ana Borralho e João Galante, André Guedes, André Sousa, André Uerba, Ângelo Ferreira de Sousa, Beatriz Albuquerque, Carla Cruz, Filipa Francisco, João Fiadeiro, Márcia Lança, Margarida Mestre, Mauro Cerqueira, Miguel Pereira,
Vera Mantero, Vitor Lago e Silva.
18 de Setembro-30 de Novembro 2010
Inauguração: Sábado, 18 de Setembro, entre as 16h e as 20h
Apresentação de performances:
dia 25 de Setembro
Manuel Santos Maia
Paulo Mendes
dia 9 de Outubro
Ana Ulisses
António Olaio
dia 30 de Outubro
José Leite
Regina Guimarães
dia 6 de Novembro
Balla Prop
Calhau
Joclécio Azevedo
dia 13 de Novembro
Conversa com os artistas
20 de Novembro
António Lago
Nuno Ramalho
Espaço Ilimitado -Núcleo de Difusão Cultural
Rua de Cedofeita, 187 - 1º | 4050-179 Porto
Tel. [+351] 913 812 544
espacoilimitado@gmail.com
+ info:
Susana Chiocca - 93 428 35 38 - desaparece@gmail.com
Filomena Pimenta (responsável pelo espaço) 913 812 544
João Baeta (responsável pelo programa de exposições) i.antimateria@gmail.com
228.
É QUE UM MUNDO TODO VIVO TEM A FORÇA DE UM INFERNO
Direcção Artística: Vera Sofia Mota
Performance: Isabel Simões
Criação: Vera Sofia Mota, Isabel Simões, Pedro Faria
Sexta-feira 17 Setembro às 21h30
Sábado 18 Setembro às 19h00
Duração: 40 min
Lotação por sessão: 25 pessoas
Obrigatória marcação prévia - avivaobst@marz.biz ou 218 464 446 (sujeito a confirmação)
MARZ - Galeria
Rua Reinaldo Ferreira 20-A
1700-323 Lisboa
Magia²
A ideia de performance implica sempre magia. Há uma acção (ou mais) que acontece e depois desaparece. A efemeridade, a duração que sabemos de antemão ser limitada, confere ao momento um encanto particular. A peça que agora se apresenta, nascida da vontade de explorar as imagens sobreviventes à Grécia Antiga, que duma forma mais marcada sugerem movimento , explora esse fascínio e inclui-nos nesse jogo. Aqui, o encanto do desaparecimento reaparece, criando uma interessante tensão que enquanto espectadores somos chamados a gerir.
A performer constrói com o seu corpo posições a cuja formação e “instalação” às vezes assistimos, outras com que nos deparamos. Se pensarmos nas tais imagens da Antiguidade, que duma forma mais ou menos presente povoam o nosso imaginário,podemos perceber que elas são o resultado dum problema: como representar o excesso, a euforia e, claro, o movimento dionisíaco através de figuras estáticas ? Deste dilema nascem representações que, embora incluídas numa lógica que globalmente valoriza a harmonia, nos apresentam desequilíbrios, torções e impossibilidades, sugerindo um vocabulário de movimento que dificilmente podemos reconstituir.
A peça É que um mundo todo vivo tem a força de um Inferno, sendo um exercício exploratório das possibilidades e impossibilidades desta reconstituição, afasta-se da tradição dos tableaux vivants, deixando cair a tónica na abordagem historicista e mimética para reequacionar os seus modelos. Aqui, como na Antiguidade, também há dualidade e complementaridade . Apenas uma artista se apresenta mas presente está também o colectivo: esta premissa é válida quanto à equipa autoral mas também no que toca aos elementos presentes na composição. São exempo disto as sombras criadas no espaço, que podem funcionar como metáforas mas são para além disso – e não esqueçamos que é uma pintora de formação quem dá corpo a este trabalho - figuras. As imagens que representaram ubris, o transe, o caos, são-nos entregues num ritmo apolíneo, sereno, duma forma disciplinada e precisa que se aproxima duma certa dimensão litúrgica que simultaneamente nos concede espaço e tempo para divagar.
O que a representação da libertação dionisíaca através do desenho ou da escultura implica e o que acontece quando essas mesmas figuras são assumidas por um corpo vivo diante de nós, interessou Isadora Duncan e Nijinsky (para citar apenas os exemplos mais evidentes ), que a partir dum imaginário semelhante criaram abordagens diversas. Inevitavelmente se depararam com binómios como movimento e imobilidade, contenção e expansão, bidimensionalidade e profundidade, tensão e relaxamento, equilíbrio e desequilíbrio. Nesta performance, a armadilha da reconstituição é convertida num despojado exercício de articulação de todas estas questões, combinadas de maneira a incluir, valorizar e acicatar a nossa percepção.
Por tudo isto, faz sentido falar em “elevar à potência” o carácter mágico da performance. Os componentes desta peça são eles próprios e ainda mais: tal como o movimento da artista, têm um potencial multiplicador, até estabilizarem em nós.
Magia s.f. 1. arte que pretende agir sobre a natureza e obter resultados contrários às suas leis, por meio de fórmulas ou de ritos mais ou menos secretos, quer utilizando propriedades da matéria que se afirma serem desconhecidas (magia branca),
quer fazendo intervir poderes demoníacos (magia negra); feitiçaria; bruxaria;
2. prática de fazer aparecer e desaparecer objectos através de truques; ilusionismo;
3. produção de efeitos extraordinários por meios artísticos; encanto; fascínio;
4. de forma inexplicável ou inesperada; misteriosamente.
Texto: Mariana Brandão
Friday, September 10, 2010
227.
patrícia filipe
À procura de um Lugar”
Vídeo de performance e instalação
Comentado pelo Antropólogo Paulo Raposo.
Duração: 40’
Apresentação vídeo da intervenção realizada num espaço público de Lisboa em Belém, nas traseiras do nº 14 e conversa aberta com o Antropólogo Paulo Raposo. A partir da problemática do lugar, e com base na experiência artística vivida no domingo anterior, no bairro residencial, Paulo Raposo comentará o vídeo desta intervenção, desde um ponto de vista antropológico. Patrícia Filipe irá propor um espaço de acção colectiva com um público ocasional, os transeuntes e com um público convidado, incluindo as pessoas do bairro, os vizinhos que serão convidados a participar na acção ou simplesmente olhar, desde das suas casas, marquises e janelas. O que se propõe é uma redefinição do lugar, segundo a artista a acção vai basear-se na tensão entre vontade de inscrição e acontecimento, numa tentativa de habitar o espaço. O desenho e a acção, o espaço marcado, referenciado pelo olhar, vão estar juntos num processo que se pretende relacional.
CONVITE - Domingo dia 12
Performance Instalação. Às 15h30, ponto de encontro na entrada principal dos Jerónimos, performance às 16h00, na R. Gonçalves Zarco , nas traseiras do nº 14
226.
ana fonseca
PUT YOU THINKING HELMET ON#2 THE DUELS
Durante a minha vivência em Londres, uma cidade fascinante e ao mesmo tempo dura e impessoal dada a sua dimensão e dinâmica social, sentia que usava uma “armadura”, que apenas retirava quando de férias em Lisboa, onde tomava consciência do facto de sentir-me “mais leve”.
Ao retornar a Lisboa e depois de ter vivido oito anos em Londres, há sempre um tomar de consciência do passado e uma certa inadequação sobre a situação presente, um sentimento de “entre lugares” que cria ansiedade e deslocação. Como a ansiedade é inerente à condição humana, esta foi a razão da substituição do chapéu pelo elmo (mais bélico e intemporal). Resolvi então criar um conjunto de elmos para a minha vida quotidiana, gadgets que gostaria de ter sempre a mão para vencer os obstáculos diários (resolução de problemas; lidar com a vitória; ter ideias brilhantes; guardar segredos; coragem; liberdade).
Este projecto começou por ser apenas uma série de cinco desenhos. Após a conclusão, tomei consciência das suas potencialidades performativas. Por conseguinte, pensei em vencer um medo real: o público, tornando desta forma o performativo real.
Com esse fim, os elmos serão concretizados em metal e a performance série put your thinking helmet on será um duelo entre o “eu” e o “medo”.
Quando penso nos meus desenhos, imediatamente lembro-me de uma pintura neoclássica: O Juramento dos Horácios, por Jacques-Louis David, 1784. A relação com esta obra vai para além do mero facto de ela mostrar “elmos”, mas sim por ser um símbolo revolucionário, um símbolo de uma nova estética que rompe com as tradições barrocas e rococós, ligadas ao regime de monarquias totalitaristas e assume-se como estética de uma nova geração e regime. Os elmos são também símbolos de uma vontade pessoal de revolução interior. Resgatar a “guerreira”, romper com a apatia e resignação e avançar.
Revoluções e grandes mudanças a nível pessoal nunca são pacíficas, há sempre um período de sofrimento e adaptação. Muitas vezes as mudanças ocorrem por factos que nos motivam a sairmos da nossa “zona de conforto” e buscar novas soluções.
Voltando à nossa relação com os objectos, também os classificamos como “inofensivos” e “perigosos”. Para este projecto e tendo em conta o seu enquadramento num museu de artes decorativas e ainda pelo facto de ser uma “mulher artista” pensei em subverter o uso dado a um objecto considerado “inofensivo” e até fútil, de preferência e torná-lo nocivo ou por ventura até letal.
Por associação livre de ideias, cheguei à conclusão de que o objecto perfeito seria um leque. A minha explicação tem como base a sua morfologia que me lembra um cravo (símbolo revolucionário) e como objecto decorativo e ligado à burguesia (leques em marfim e com decorações barrocas), carrega assim uma carga simbólica ambígua. Para acentuar essa ambiguidade, o meu intuito é torná-lo numa arma (doméstico, feminino e letal). Durante a minha pesquisa sobre leques, deparei-me que há no Japão a tradição de lutas com leques, como forma de arte marcial.
Como estrutura da performance, tomei como ponto de partida os duelos de esgrima desportiva contemporâneos e irei criar uma coreografia que será uma fusão de esgrima com katá japonês.
Local da Performance: Fundação Ricardo Espírito Santo (Largo das Portas do Sol, 2 – Lisboa).
Data e Hora: Sexta-feira, dia 10 de Setembro, 19h00
Duração da performance: entre três a cinco minutos, o tempo
máximo em média de uma música pop.
Elementos visuais: dois intervenientes vestidos com fatos de esgrima.
PUT YOU THINKING HELMET ON#2 THE DUELS
Durante a minha vivência em Londres, uma cidade fascinante e ao mesmo tempo dura e impessoal dada a sua dimensão e dinâmica social, sentia que usava uma “armadura”, que apenas retirava quando de férias em Lisboa, onde tomava consciência do facto de sentir-me “mais leve”.
Ao retornar a Lisboa e depois de ter vivido oito anos em Londres, há sempre um tomar de consciência do passado e uma certa inadequação sobre a situação presente, um sentimento de “entre lugares” que cria ansiedade e deslocação. Como a ansiedade é inerente à condição humana, esta foi a razão da substituição do chapéu pelo elmo (mais bélico e intemporal). Resolvi então criar um conjunto de elmos para a minha vida quotidiana, gadgets que gostaria de ter sempre a mão para vencer os obstáculos diários (resolução de problemas; lidar com a vitória; ter ideias brilhantes; guardar segredos; coragem; liberdade).
Este projecto começou por ser apenas uma série de cinco desenhos. Após a conclusão, tomei consciência das suas potencialidades performativas. Por conseguinte, pensei em vencer um medo real: o público, tornando desta forma o performativo real.
Com esse fim, os elmos serão concretizados em metal e a performance série put your thinking helmet on será um duelo entre o “eu” e o “medo”.
Quando penso nos meus desenhos, imediatamente lembro-me de uma pintura neoclássica: O Juramento dos Horácios, por Jacques-Louis David, 1784. A relação com esta obra vai para além do mero facto de ela mostrar “elmos”, mas sim por ser um símbolo revolucionário, um símbolo de uma nova estética que rompe com as tradições barrocas e rococós, ligadas ao regime de monarquias totalitaristas e assume-se como estética de uma nova geração e regime. Os elmos são também símbolos de uma vontade pessoal de revolução interior. Resgatar a “guerreira”, romper com a apatia e resignação e avançar.
Revoluções e grandes mudanças a nível pessoal nunca são pacíficas, há sempre um período de sofrimento e adaptação. Muitas vezes as mudanças ocorrem por factos que nos motivam a sairmos da nossa “zona de conforto” e buscar novas soluções.
Voltando à nossa relação com os objectos, também os classificamos como “inofensivos” e “perigosos”. Para este projecto e tendo em conta o seu enquadramento num museu de artes decorativas e ainda pelo facto de ser uma “mulher artista” pensei em subverter o uso dado a um objecto considerado “inofensivo” e até fútil, de preferência e torná-lo nocivo ou por ventura até letal.
Por associação livre de ideias, cheguei à conclusão de que o objecto perfeito seria um leque. A minha explicação tem como base a sua morfologia que me lembra um cravo (símbolo revolucionário) e como objecto decorativo e ligado à burguesia (leques em marfim e com decorações barrocas), carrega assim uma carga simbólica ambígua. Para acentuar essa ambiguidade, o meu intuito é torná-lo numa arma (doméstico, feminino e letal). Durante a minha pesquisa sobre leques, deparei-me que há no Japão a tradição de lutas com leques, como forma de arte marcial.
Como estrutura da performance, tomei como ponto de partida os duelos de esgrima desportiva contemporâneos e irei criar uma coreografia que será uma fusão de esgrima com katá japonês.
Local da Performance: Fundação Ricardo Espírito Santo (Largo das Portas do Sol, 2 – Lisboa).
Data e Hora: Sexta-feira, dia 10 de Setembro, 19h00
Duração da performance: entre três a cinco minutos, o tempo
máximo em média de uma música pop.
Elementos visuais: dois intervenientes vestidos com fatos de esgrima.
Saturday, September 4, 2010
225.
Extension Series 5
with Márcio Carvalho and Elisa Haug
in Grimmuseum, Berlin
+ info:
http://www.grimmuseum.com/
with Márcio Carvalho and Elisa Haug
in Grimmuseum, Berlin
+ info:
http://www.grimmuseum.com/
Wednesday, August 4, 2010
224.
globalfornication
andrea inocêncio e | and ana maria
04-08-2010, 21h
Lac - Laboratório de Actividades Criativas
projecto inserido no PRALAC – Programa de Residências Artísticas do LAC, a decorrer entre o período de 1 de Julho a 31 de Julho de 2010.
andrea inocêncio
http://inov-art.dgartes.pt/perfil
ana maria
http://pintoraanamaria.blogspot.com/
LAC – Laboratório de Actividades Criativas é uma Associação Cultural sem fins lucrativos formada em 1995 e com sede no edifício da antiga cadeia de Lagos. Construção arquitectónica cujos alicerces edificam sobre um antigo Convento é local de história fazendo parte integrante na história da própria cidade. Este edifício construído com outros objectivos revelam actualmente uma dicotomia interessante de prisão/reclusão VS espaço de criatividade/liberdade, ao tornar-se espaço de criação reverteu assim os moldes da sua existência, agora as celas são espaço de ateliê para artistas cuja sua utilização e trabalho contribuíram para a revitalização deste edifício da cidade dotando-o de uma nova história. A associação é espaço de residências artísticas com 13 anos de existência e tem como prioridade para 2010 desenvolver e alargar o PRALAC – Programa de Residências Artísticas no LAC, com o objectivo principal de dinamizar e promover a criação artística na região e especialmente na zona do Sudoeste Algarvio.
Thursday, July 29, 2010
223.
O Poder da Ignorância – Resposta ao Senhor José Pacheco Pereira
Lisboa, 26 de Julho de 2010Ex.mo Senhor Pacheco Pereira,
Começo por lamentar o desconhecimento das obras que são produzidas pelos artistas portugueses da parte do Senhor "Historiador", "Professor" Universitário e "Político" José Pacheco Pereira. Como o nosso circuito é fechado, como afirma, sabemos bem quem é o nosso público, quem vê os nossos espectáculos, exposições, concertos, e, por isso, sabemos que o Senhor Pacheco Pereira não está incluído na pequena percentagem dos contribuintes que assistem ao nosso trabalho. Apesar de este facto ser admitido pelo Senhor Pacheco Pereira nos seus textos - "Não estou a falar de nada que tenha visto e por isso não é o espectáculo em si que comento, que até pode ser genial, mas da sua apresentação ao público potencial." MAIS EXEMPLOS DE “CULTURALÊS”, Revista Sábado – não impede que seja um triste argumento, sem interesse, e que o torne numa desculpa aceitável, logo pertinente.
Gostaria que soubesse que a arte infelizmente está cada vez mais direccionada para encarnar um papel que não lhe pertence; o da educação. Precisamente porque os artistas, produtores, curadores, programadores, procuram ir ao encontro de um público que nunca existiu e que não irá existir se não houver um trabalho de educação, como em qualquer outra área ou situação. Todos os esforços que se fazem para 'criar' e 'educar' novos públicos, para integrar a 'comunidade' através da arte, castram a liberdade de se criar sem querer ensinar. Sim, porque a arte não é obrigatoriamente didáctica, nem tem que ter esse cunho. Por isso é que há artistas e por isso é que há professores.
O 'comum dos portugueses' pode aprender todas as regras de um jogo de futebol, saber quem são os jogadores, os árbitros, os treinadores, decorarem as cores das camisolas porque isso lhes é ensinado, porque está à sua disposição e porque não exige grande esforço mental. No entanto se o 'comum dos portugueses' quiser aprender medicina ou história, talvez tenha que aprender bastante mais para compreender como se faz uma operação ou como se escreve um livro. Com a arte passa-se o mesmo. Não basta ir ao museu e dizer que não se compreende, não lhe parece Senhor Pacheco Pereira? Talvez se o 'comum dos portugueses' se interessasse por arte e decidisse abrir uns livros que não sejam só os do Picasso e os do Dali que saem numas colecções e que servem para encher a estante, talvez se no sétimo ano uma professora perdesse mais do que uma aula a falar sobre o Da Vinci do que estar a obrigar os alunos a decorar os nomes das colunas Dórica, Jónica e Coríntia, talvez se houvesse um investimento a sério numa educação a sério, o 'comum dos portugueses' pudesse ler mais do que 'A Bola' ou 'O Crime'. Deixe-me dizer-lhe que quando as avaliações que fazem àquilo que produzimos são ignorantes, arrogantes e com falta de humildade, serão, de certo, vulgares e banais.
Parece-me também que se os contribuintes querem "saber onde e com quem gastam" o seu dinheiro devem saber onde encontrar aqueles que contribuem também e que para além disso, criam. Se os contribuintes quiserem comprar um carro, saberão com certeza encontrar um stand de automóveis.
Umas das aspas no seu texto O “CULTURALÊS” E O PODER DA AUTO-CLASSIFICAÇÃO – e posso desde já exprimir a minha tristeza relativamente a estes termos inventados para se verem repetidos pelos jornalistas e aguçar o ego a quem os inventa – enquadram a palavra performance; eu sou performer, ou seja, faço performance. A performance existe, há também livros sobre performance traduzidos para português. Se o meu trabalho lhe é desconhecido é porque certamente não lhe interessa conhecer, ou então porque não abre as páginas das agendas culturais ou então não deve saber navegar na internet. Sou um artista, não sou um político, logo não tenho um cartaz com a minha cara num outdoor, não quero ter discursos paternalistas e corporativos, e não estou à espera que votem em mim. Garanto-lhe que não estarei à espera de alguém que não vê e não conhece e não compreende e que fala com arrogância sobre o que faço para determinar o meu valor.
Repito, sou um artista; não sou uma plataforma, com ou sem aspas, existo, independentemente de ter ou não projecção mediática como todos os outros que o Senhor Pacheco Pereira menciona na sua "crónica". Se apenas conhece o Teatro da Comuna, o Teatro da Cornucópia e os Artistas Unidos é porque não deve sair da Marmeleira, no mínimo, desde os anos 80.
Penso que é caso para se dizer: tanto político, tanto cronista, nós temos por metro quadrado. (Nós quem?) Mas ninguém lhes toca.
Miguel Bonneville
Podem ler-se as "crónicas" do Senhor Pacheco Pereira aqui:
http://abrupto.blogspot.co
http://abrupto.blogspot.co
222.
um volúvel abrigo anânime
Fórum Eugénio de Almeida
Sala Multiusos / 30 e 31 de Julho 2010 / 18H00
Direcção Artística, Produção: Richard Long
Coreografia: Miguel Gomes e Ana Nobre
Performers: Miguel Gomes e Ana Nobre
Som: Andre Birken.
ENTRADA LIVRE
Sinopse
Partindo de uma imagem de Philip Lorca DiCorcia, Storybook Life DeBruce,
1999, onde se toma o corpo como estrutura física, numa analogia à estrutura
arquitectónica, duas pessoas, assumem uma posição até que a sua
intensidade/esforço/duração se torne insuportável.
+ info: +351 92 682 58 80
www.forumea.com.pt
221.
navio vazio
momento (e)
Lançamento da publicação Impossuível
31 de Julho, 2010
18h–20h
Navio Vazio
Rua da Alegria,
134–A, Porto
O ciclo “Impossuível”* realizou-se no Navio Vazio, no Porto, entre os dias 29 de Abril e 8 de Maio de 2010. Um conjunto de artistas, designers, curadores, críticos de arte e de design foram convidados a partilhar com a audiência uma selecção de livros das suas bibliotecas privadas. Os textos aqui reunidos recolhem as reflexões surgidas desses encontros.
* Expressão cunhada por Natália Correia para descrever a poetisa Florbela Espanca.
The “Impossuível”* talks were held at the Navio Vazio, in the city of Porto, between 29 April and 8 May, 2010. A group of artists, designers, curators and art & design critics were invited to share with the public a choice of books from their own private libraries. The texts collected in this book are the reflections that took shape in these encounters.
* This is a word coined by the Portuguese poet Natália Correia to describe another, Florbela Espanca. The word is a portmanteau that blends the Portuguese words for “impossible” (impossível) and “possessable” (possuível).
Participantes/Participants:
Braço de Ferro
Isabel Duarte (Voca)
José Bártolo
Marco Balesteros
Maria João Macedo (Voca)
Mário Moura
Ricardo Nicolau
Sofia Gonçalves
Navio Vazio é uma extensão da editora Braço de Ferro – arte & design, com coordenadas geográficas fixas e uma área muito limitada. Este espaço, de ocupação temporária, será um local de experimentação editorial a três dimensões.
www.bfeditora.net
braço de ferro – arte & design
projecto editorial de Isabel Carvalho e Pedro Nora
Monday, July 26, 2010
220.
joana bastos
in VERBO 2010
6ª Edição da Mostra de Performance Arte | 6th Edition of Performance Art
26 - 31 Julho 2010 | 18-22h30 h
26th - 31st July 2010 | 6-10.30 pm
Galeria Vermelho | Rua Minas Gerais 350, SP CEP 01244-010, São Paulo, BR
in VERBO 2010
6ª Edição da Mostra de Performance Arte | 6th Edition of Performance Art
26 - 31 Julho 2010 | 18-22h30 h
26th - 31st July 2010 | 6-10.30 pm
Galeria Vermelho | Rua Minas Gerais 350, SP CEP 01244-010, São Paulo, BR
Friday, July 23, 2010
219.
neosaudade
Lúcia Vicente - Actress
http://www.wix.com/luciamvicente/luciavicente
Márcio Carvalho - Visual artist
http://marciocarvalhoartwork.blogspot.com/
Roberto afonso - Musician
http://www.myspace.com/tributoninasimone
Tiago Margaça - Visual artist
http://error.creare.pt/
www.hotel25.blogspot.com
Wrangelstrasse 25
10997 Berlin
infohotel25@gmail.com
Lúcia Vicente - Actress
http://www.wix.com/luciamvicente/luciavicente
Márcio Carvalho - Visual artist
http://marciocarvalhoartwork.blogspot.com/
Roberto afonso - Musician
http://www.myspace.com/tributoninasimone
Tiago Margaça - Visual artist
http://error.creare.pt/
www.hotel25.blogspot.com
Wrangelstrasse 25
10997 Berlin
infohotel25@gmail.com
Tuesday, July 20, 2010
218.
SOON THIRTY
uma performance para festa de aniversário
de yann gibert
“E ninguém saiu nu do bolo”
Na noite do dia 19 para o dia 20 de Junho aconteceu a performance SOON THIRTY.
Esta intervenção interrompia durante 15 minutos uma festa organizada no bar Liverpool em Lisboa, tendo por temática “o futuro já foi, adeus!”, para celebrar do aniversário do performer Yann Gibert.
Às 02h15 da manhã Isabel Simões atravessou a pista de dança na direcção de Yann Gibert carregando um bolo de aniversário (feito de propósito por Rogério Nuno Costa) com 29 velas acendidas. Neste instante a música de dança parou e começou uma banda sonora difundida em baixo volume composta principalmente por sons de fogos de artifícios.
Yann Gibert, que já agarrava há alguns minutos numa mão uma garrafa de champanhe, esperou, muito emocionado, pelo fim da canção “parabéns a você...” cantada pelas pessoas presentes no bar para soprar as velas e abrir a garrafa.
A seguir aconteceu uma distribuição de champanhe e de bolo chocolate/morango durante a qual Yann Gibert contou um facto que aconteceu durante o seu 14º aniversário: a história do seu primeiro beijo.
As pessoas presentes encontraram-se divididas entre prestar atenção à história, comer bolo, beber champanhe, conversar com amigos, cumprimentar o aniversariante... Quando a história acabou a banda sonora desapareceu e a música de dança voltou (“from disco to disco” de Whirlpool Production).
A história contada por Yann Gibert era continuamente interrompida pelas pessoas presentes, das quais muitos eram amigos dele, que mal perceberam que uma performance estava a decorrer. As solicitações deles tinham por assunto a vontade de beijar e dar parabéns ao amigo aniversariante, pedir mais bolo, pedir mais champanhe. Estabeleceu-se uma relação feita de interrupções mútuas dentro de um evento interrompido ele próprio pela performance.
Esta estratégia de interferência frontal com o contexto acolhedor através do convencionalismo da proposta (um aniversário festejado com um bolo e velas acendidas, o volume da música a ser reduzido) teve por consequência levar a comunidade nocturna presente a interagir com afectividade e hedonismo com o performer/aniversariante sem se preocupar com quaisquer formalidades ou atenção especial ao que estava acontecer fora da esfera pessoal de cada um.
Este duplo estatuto artístico/social de Yann Gibert levou àquela situação uma mistura de percepção do acontecimento. Yann Gibert era o amigo performando e o performer a partilhar um momento de intimidade com quem lá estava. Enquanto umas pessoas estavam atentas à historia contada e irritadas pelas manifestações de afectividade que demonstraram outras pessoas em direcção ao Yann Gibert (e às quais Yann dava prioridade) outras banalizaram a ausência de música e o facto de comer sobremesa no meio da noite num lugar exclusivamente devolvido ao consumo de bebidas e à dança.
A performance questionava a dimensão da ficcionalização do lugar social nocturno. Desta problemática emergiu uma manifestação da realidade pessoal do performer sob a forma duma festa na festa, celebrando um aniversário (o do seu primeiro beijo) num aniversário (o da sua nascença). O acontecimento íntimo tornou-se pretexto para um ajuntamento social, com o mesmo título do que o acontecimento festivo ou que o acontecimento artístico.
Banda sonora:
http://soundcloud.com/yg-performance-soundtrack/soon-thirty
fonte: Y.G.
uma performance para festa de aniversário
de yann gibert
“E ninguém saiu nu do bolo”
Na noite do dia 19 para o dia 20 de Junho aconteceu a performance SOON THIRTY.
Esta intervenção interrompia durante 15 minutos uma festa organizada no bar Liverpool em Lisboa, tendo por temática “o futuro já foi, adeus!”, para celebrar do aniversário do performer Yann Gibert.
Às 02h15 da manhã Isabel Simões atravessou a pista de dança na direcção de Yann Gibert carregando um bolo de aniversário (feito de propósito por Rogério Nuno Costa) com 29 velas acendidas. Neste instante a música de dança parou e começou uma banda sonora difundida em baixo volume composta principalmente por sons de fogos de artifícios.
Yann Gibert, que já agarrava há alguns minutos numa mão uma garrafa de champanhe, esperou, muito emocionado, pelo fim da canção “parabéns a você...” cantada pelas pessoas presentes no bar para soprar as velas e abrir a garrafa.
A seguir aconteceu uma distribuição de champanhe e de bolo chocolate/morango durante a qual Yann Gibert contou um facto que aconteceu durante o seu 14º aniversário: a história do seu primeiro beijo.
As pessoas presentes encontraram-se divididas entre prestar atenção à história, comer bolo, beber champanhe, conversar com amigos, cumprimentar o aniversariante... Quando a história acabou a banda sonora desapareceu e a música de dança voltou (“from disco to disco” de Whirlpool Production).
A história contada por Yann Gibert era continuamente interrompida pelas pessoas presentes, das quais muitos eram amigos dele, que mal perceberam que uma performance estava a decorrer. As solicitações deles tinham por assunto a vontade de beijar e dar parabéns ao amigo aniversariante, pedir mais bolo, pedir mais champanhe. Estabeleceu-se uma relação feita de interrupções mútuas dentro de um evento interrompido ele próprio pela performance.
Esta estratégia de interferência frontal com o contexto acolhedor através do convencionalismo da proposta (um aniversário festejado com um bolo e velas acendidas, o volume da música a ser reduzido) teve por consequência levar a comunidade nocturna presente a interagir com afectividade e hedonismo com o performer/aniversariante sem se preocupar com quaisquer formalidades ou atenção especial ao que estava acontecer fora da esfera pessoal de cada um.
Este duplo estatuto artístico/social de Yann Gibert levou àquela situação uma mistura de percepção do acontecimento. Yann Gibert era o amigo performando e o performer a partilhar um momento de intimidade com quem lá estava. Enquanto umas pessoas estavam atentas à historia contada e irritadas pelas manifestações de afectividade que demonstraram outras pessoas em direcção ao Yann Gibert (e às quais Yann dava prioridade) outras banalizaram a ausência de música e o facto de comer sobremesa no meio da noite num lugar exclusivamente devolvido ao consumo de bebidas e à dança.
A performance questionava a dimensão da ficcionalização do lugar social nocturno. Desta problemática emergiu uma manifestação da realidade pessoal do performer sob a forma duma festa na festa, celebrando um aniversário (o do seu primeiro beijo) num aniversário (o da sua nascença). O acontecimento íntimo tornou-se pretexto para um ajuntamento social, com o mesmo título do que o acontecimento festivo ou que o acontecimento artístico.
Banda sonora:
http://soundcloud.com/yg-performance-soundtrack/soon-thirty
fonte: Y.G.
Thursday, July 15, 2010
217.
2ª edição do Mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas (MPAC)
Estão abertas as candidaturas para a 2ª edição do Mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas (MPAC) na Faculdade de Belas Artes da UP. Na sua apresentação afirmamos: "Mudanças e evoluções aceleradas nas práticas artísticas não foram acompanhadas pela correspondente mutação e actualização das propostas de ensino artístico. A proposta que este curso de mestrado avança é a de se colocar em acerto temporal e conceptual com essas práticas. A nomeação de abrangência pós-medial é, apenas, uma primeira afirmação de territorialidade que quer reivindicar. Aquela que pretende discutir e investigar os processos do fazer saber artístico contemporâneo, a partir das premissas possibilitadas pelo campo expandido". É por aqui que queremos andar e em boa companhia.
Para facilitar essa divulgação, foi criado um site informativo em:
http://mpac.fba.up.pt/
Aí encontrarão a informação básica sobre a sua estrutura curricular e corpo docente, assim como dados relativos à edição anterior (2006/2008)
Lembramos que as candidaturas decorrem de 12 a 17 de Julho
Thursday, July 1, 2010
216.
manuel santos maia
non _ As Coisas Não São o Que Parecem Ser (no Planeamento da Cidade para Prazeres)
performance com | with Miguel Ramos
texto de | text by Pancho Guedes
Domingo | Sunday
17:30 - 04.07.10
Uma Certa Falta de Coerência
Rua dos Caldeireiros 77 -Porto
http://umacertafaltadecoerencia.blogspot.com
http://manuelsantosmaia.blogspot.com
Wednesday, June 30, 2010
Tuesday, June 29, 2010
214.
mesa redonda
a generosidade na arte contemporânea
30 de Junho de 2010 (quarta-feira), das 19h00 às 21h30
Convidados: João Pedro Vale, Nuno Alexandre Ferreira, Rogério Nuno Costa, Susana Mendes Silva, João Galante & Ana Borralho, Patrícia Portela (via skype)
30 de Junho de 2010 (quarta-feira), das 19h00 às 21h30
Convidados: João Pedro Vale, Nuno Alexandre Ferreira, Rogério Nuno Costa, Susana Mendes Silva, João Galante & Ana Borralho, Patrícia Portela (via skype)
Moderação: Nelson Guerreiro
Forum Dança – Associação Cultural
EDIFÍCIO | LX Factory | Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa
(http://maps.google.com/maps/ms?msa=0&msid=115923653446909709530.0004400f1c635e53f70d5)
Transportes:
AUTOCARRO 12; 24; 52; 56; 60; 713; 714; 720; 727; 732; 738; 742; 751; 773
ELÉCTRICO 15E, 18E
Stop: Calvário
COMBOIO Linha Cascais
Stop: Alcântara Mar
EDIFÍCIO | LX Factory | Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa
(http://maps.google.com/maps/ms?msa=0&msid=115923653446909709530.0004400f1c635e53f70d5)
Transportes:
AUTOCARRO 12; 24; 52; 56; 60; 713; 714; 720; 727; 732; 738; 742; 751; 773
ELÉCTRICO 15E, 18E
Stop: Calvário
COMBOIO Linha Cascais
Stop: Alcântara Mar
21 342 89 85 | 91 963 63 50 | 92 757 91 61
Fax: 21 342 8986
E-mail geral: forumdanca@forumdanca.pt
Fax: 21 342 8986
E-mail geral: forumdanca@forumdanca.pt
Monday, June 28, 2010
212.
susana chiocca in "If I Cant Dance, I Dont Want to be Part of your Revolution", Plataforma Revólver, Lisboa
fonte | source: http://primeiraavenida.blogspot.com
fonte | source: http://primeiraavenida.blogspot.com
211.
Casting
Perfil do Candidato: Intérpretes com ou sem formação multidisciplinar e experiência profissional. Entre os 18 e os 35 anos.
Descrição: Interpretação para vídeo que integrará a nova performance de Miguel Bonneville para o Festival Temps d'Images 2010.
Enviar fotografia de cara e corpo inteiro e contactos até ao dia 20 de Julho de 2010, para miguelbonneville.casting@gmail.com
Perfil do Candidato: Intérpretes com ou sem formação multidisciplinar e experiência profissional. Entre os 18 e os 35 anos.
Descrição: Interpretação para vídeo que integrará a nova performance de Miguel Bonneville para o Festival Temps d'Images 2010.
Enviar fotografia de cara e corpo inteiro e contactos até ao dia 20 de Julho de 2010, para miguelbonneville.casting@gmail.com
Tuesday, June 15, 2010
210.
soon thirty
performance de yann gibert
na noite do Sábado 19 para o Domingo 20 de Junho às 2h da manhã.
Bar Liverpool, Rua Nova de Carvalho, Cais do Sodré.
"I'll be twenty nine, soon thirty"
Por ocasião do meu aniversario apresento esta performance que será incluída na festa O FUTURO JÁ FOI na noite do Sábado 19 para Domingo 20 de Junho no Bar Liverpool (frente ao MusicBox).
Colocando a questão do ritual íntimo na esfera social, decidi partilhar este momento especial com um público "alargado" de amigos.
A festa começa à meia noite, a performance decorrera entre 2h e 2h30 da manhã.
Yann Gibert
209.
yingmei duan and márcio carvalho
"appointment"
on the 18th June at 8pm, in Hotel25.
www.hotel25.blogspot.com
"appointment"
on the 18th June at 8pm, in Hotel25.
www.hotel25.blogspot.com
208.
gibberish
Performance duracional por Manuela São Simão e Pedro Lopes, com a colaboração da equipa da Rádio Zero.
16 Junho [performance das 18h30 às 20h30 - jardim e auditório]
22 Junho [Instalação das 18h às 20h - auditório]
FESTIVAL SILÊNCIO 2010 - Goethe Institut em Lisboa
[Jardim dos Sons]
A performance duracional Gibberish foi desenvolvida especificamente para a proposta do Jardim dos Sons, inserido no Festival Silêncio no Instituto Goethe em Lisboa.
Relacionam-se espaços físicos e mentais: o Jardim e Auditório do Instituto, locais distintos e disjuntos, que aqui se interligam através de um percurso proposto entre a improvisação in loco do músico no Jardim, e a (re)acção ao mesmo som numa escrita caligráfica e plástica realizada pela artista visual, no espaço isolado do auditório.
O som improvisado é audível através de rádios distribuídos ao público à entrada do Instituto, produzindo, no jardim, uma camuflagem sonora cuja descontextualização do seu laboratório-jardim, assume o carácter acusmático de um som pensado para ser transmitido em rádios low-fi, característica enfatizada na possibilidade de escuta no espaço indoors do auditório, sob uma certa penumbra.
Isolada do espaço orgânico e da luz do jardim, Manuela São Simão, improvisa uma escrita silenciosa durante duas horas. Um motor montado num pequeno dispositivo-mesa-de-trabalho é programado para uma determinada cadência temporal. A artista intervém e (re)age a partir do som que vai recebendo directamente do músico.
Compondo em tempo real a partir dos sons orgânicos do jardim, das gravações de campo feitas em diversas zonas urbanas da cidade de Lisboa e principalmente das gravações realizadas durante aulas da língua Alemã leccionadas no instituto, o músico Pedro Lopes processa tudo isto compondo um som contínuo, por vezes mais musical, com momentos em que a língua alemã e suas sonoridades específicas são processadas ao ponto de uma certa abstracção, mantendo as suas características estéticas que nos faz reconhecer a língua como tal, mesmo sem por vezes perceber o que está a ser comunicado.
Para ver e/ou ouvir, o desenrolar de um inventário de sons orgânicos e humanos, que pode ser escutado nos vários espaços exteriores e auditório, através de rádios, com a colaboração da equipa da Rádio Zero na criação e transmissão de uma onda micro FM local.
http://festivalsilencio.com
http://www.goethe.de/portugal
http://www.radiozero.pt
Goethe-Institut Portugal
Campo dos Mártires da Pátria, 37
1169-016 Lisboa
21 882 45 10 | info@lissabon.goethe.org
Subscribe to:
Posts (Atom)